domingo, 19 de junho de 2011

SABE, NÃO SABE?

Um olhar molhado eu via no reflexo do vidro do carro

 
Ao fim da conversa, ao fim do fim, do fim, do fim


Quando saí correndo dali, correndo de você, correndo de mim


Não cria no que acontecera naquele local, ainda quando passo por lá relembro, ponho a mão no peito, pois a cicatriz sente: ali que foi feita. Como para protegê-la de não ser aberta novamente, de não sentir novamente, como se vendasse os fatos aos seus olhos, olho de cicatriz que enxerga com os sentidos.


Poderia mudar do mundo, poderia mudar de galáxia. Que diferença teria?


Tudo o que levo comigo é o que tenho dentro e você sempre estará aí.


E pensar, que o que queria era mudar o mundo, era fazer tudo ficar colorido, alegre, feliz.


O negrume do mundo me toma, nada condiz.


Quebrei todos os espelhos, 7x70 anos de azar.


Quebrei os meus joelhos de ajoelhar e por salvação implorar.


Não aguento mais aqui ficar, mas aonde vou levo tudo o que tenho, apenas eu.


Um eu que construí, um eu que não queria, um eu que me arrependo, um eu malvado, um eu que nem sei quem sou.


Começo a bater nas portas, todas que vejo e ninguém as abre para mim.


Só você me deu abertura, só você.


Mas sinto que estou lhe fazendo mal e não é isso que vim buscar, só queria ajuda, só queria ajuda.


Não sei por que sente tudo o que sinto, mas se sente, ao menos sabe como me sinto.


Não sabe?



Joy Mafaro

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Raiva?
Não!

Ódio?
Não!

Amor?
Hummm...Também não!

Paixão?
Talvez...

O que mais?
Acho que só!

Literalmente...só.



Joy Mafaro